Acredito que
ambos os modelos tem seus prós e contras.
Todos eles têm o seu lado bom acho que a sala de aula precisa de momentos de
silêncio para prestar atenção, deve também ter momentos de em grupos, acredito
que o professor tenha que TER AUTORIDADE, num
ambiente democrático, na verdade o professor deve ter um jogo de cintura, para
que liberdade não seja confundido com laissez
faire (deixar fazer o que quiser). Sabemos também que o aluno não é um livro com paginas em branco , desde que a criança é gerada, já esta
escrevendo a sua historia.
A
linha que se enquadra em meu fazer em sala de aula, que eu tento agir segundo o
modelo, é o pedagógico relacional, que professa uma epistemologia também
relacional. Ele concebe a criança (o adolescente, o adulto), seu aluno, como
tendo uma história de conhecimento já percorrida. O ser humano, ao nascer, não
é tabula rasa. Antes, ao contrário, ele traz uma herança biológica que é o
oposto da “folha de papel em branco”. A tendência, nessa sala de aula é a de
superar, por um lado, a disciplina policialesca e a figura autoritária do
professor que a representa, e, por outro, a de ultrapassar o dogmatismo do
conteúdo. Não se trata de instalar um regime de anomia (ausência de regras ou
leis de convivência), ou o lassez-faire, nem de esvaziar o conteúdo curricular;
estas coisas são características do segundo modelo epistemológico com o qual
confunde-se, frequentemente, uma proposta construtivista. Trata-se, antes, de
criticar, radicalmente, a disciplina policialesca e construir uma disciplina
intelectual e regras de convivência, o que permite criar um ambiente fecundo de
aprendizagem. Trata-se, também, de recriar cada conhecimento que a humanidade
já criou (pois não há outra forma de entender-se a aprendizagem, segundo a
psicologia genética piagetiana - só se aprende o que é (re)criado para si e,
sobretudo, de criar conhecimentos novos: novas respostas para antigas perguntas
e novas perguntas refazendo antigas respostas; e, não em última análise,
respostas novas para perguntas novas. Trata-se, numa palavra, de construir o
mundo que se quer, e não de reproduzir/repetir o mundo que os antepassados
construíram para eles ou herdaram de seus antepassados. A P O resultado dessa
sala de aula é a construção e a descoberta do novo, é a criação de uma atitude
de busca, e de coragem que esta busca exige. Esta sala de aula não reproduz o
passado pelo passado, mas debruça-se sobre o passado porque aí se encontra o
embrião do futuro. Vive-se intensamente o presente na medida em que se constrói
o futuro, buscando no passado sua fecundação. Dos escombros do passado
delineia-se o horizonte do futuro; origina-se, daí, o significado que dá
plenitude ao presente. Para quem pensa que estou desenhando um mar de rosas,
alerto que, para grande número de indivíduos, configura-se como extremamente
penoso mexer no passado. Como diz a mãe de um menino de rua: Para que vou
lembrar o passado se ele não tem nada de bom? Aqui, os conceitos, muito
próximos entre si, de tomada de consciência de Piaget e de conscientização de
Freire são excepcionalmente fecundos para dialetizar o processo
passado-presente-futuro.
Leciono
na turma de Quarto ano com uma turma com bastante dificuldade, porém me dei conta
que há varias formas de explicar o mesmo
conteúdos e me dei conta que não era os alunos que tinha dificuldades,
mas a forma de eles melhor aprender é construir a aprendizagem junto com eles.
Assim, comecei a construir matérias concretas, como exemplo tabuadas concretas
e até mesmo trabalhar o ábaco para explicar a subtração com reservas.
Olá Rossana!
ResponderExcluirA teoria dialética, piagetiana e freiriana são primordiais na construção de modelos pedagógicos.
Abr@ço!