Durante a semana retrasada na aula de “história” (representação do
mundo pelos estudos sociais), observando a professora narrar à
entrevista de uma escritora entrevistando algumas crianças:
Algumas perguntas chamaram a minha atenção:
- Tiradentes veio antes ou depois de Tiradentes?
- Seu pai nasceu na época de Tiradentes?
- Seus avós nasceram antes ou depois de Tiradentes?
- Seus bisavôs nasceram antes ou depois de Tiradentes?
A grande maioria ficou em dúvida se o seus bisavós nasceram na época de
Tiradentes. Isso me fez refletir, às vezes nós professores, ficamos presos aos
conteúdos e não nos damos conta que além das provas para medir o conhecimento,
não fizemos ideia do conhecimento dos nossos alunos. Eles sabem mais do que
imaginamos, é só fazer a pergunta certa ou de alguma outra forma para que os
mesmos entendam.
Muitas vezes não é culpa dos professores, pois tem um tempo para terminar os
conteúdos e fechar as notas e a correria do dia a dia. Não nos damos conta, que
os alunos não são livros em branco e que trazem em sua bagagem saberes. Será
que tem como fazer essa ligação do saber prévio com o cotidiano da sala de
aula? Até quando vamos agir com os nossos alunos como não soubessem de nada?
Muitas
vezes achamos que os nossos alunos são incapazes de aprender determinado
conteúdo e nem damos o direito de tentar, agimos como “senhores do aprender”, analisando
o que eles vão conseguir aprender. Obviamente fazemos isso buscando sempre o
melhor para os nossos alunos. Que muitas vezes, temos que dar conta da
alfabetização, pois chegam à sala de aula sem estar alfabetizados. Além de
todas as matérias, temos que alfabetizá-los.
Acredito
na importância da curiosidade. Se a turma tem curiosidade referente à Grécia ou
acontecimentos passados, a professora junto com seus alunos podem construir um
projeto de aprendizagem. Pois muitas vezes, os alunos não tem maturidade e nem
entendimento para entenderem. Por exemplo, ele não tem noção de quanto tempo
tem um ano, os meses do ano. Que avó, é mãe da mãe ou do pai deles, que mãe não
é nome. Acredito na etapa de aprendizagem. Ir do menor para o maior às vezes
eles confundem cidade, com estado e ano. Se isso tudo não é esclarecido, mais
difícil é a aprendizagem. Estávamos falando sobre o dinossauro um aluno de
terceiro ano disse é da “época da minha vó”. Algo muito complexo, mais de dois
anos é muito tempo, pessoas com 30 anos são muito velhas. Penso que a
aprendizagem é gradativa.
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