segunda-feira, 22 de abril de 2019

Cotidiano da sala de aula



Durante a semana retrasada na aula de “história” (representação do mundo pelos estudos sociais), observando  a professora  narrar à entrevista de uma escritora entrevistando algumas crianças:
                Algumas perguntas chamaram a minha atenção:
- Tiradentes veio antes ou depois de Tiradentes?
- Seu pai nasceu na época de Tiradentes?
- Seus avós nasceram antes ou depois de Tiradentes?
- Seus bisavôs nasceram antes ou depois de Tiradentes?
                A grande maioria ficou em dúvida se o seus bisavós nasceram na época de Tiradentes. Isso me fez refletir, às vezes nós professores, ficamos presos aos conteúdos e não nos damos conta que além das provas para medir o conhecimento, não fizemos ideia do conhecimento dos nossos alunos. Eles sabem mais do que imaginamos, é só fazer a pergunta certa ou de alguma outra forma para que os mesmos entendam.
                Muitas vezes não é culpa dos professores, pois tem um tempo para terminar os conteúdos e fechar as notas e a correria do dia a dia. Não nos damos conta, que os alunos não são livros em branco e que trazem em sua bagagem saberes. Será que tem como fazer essa ligação do saber prévio com o cotidiano da sala de aula? Até quando vamos agir com os nossos alunos como não soubessem de nada?

          Muitas vezes achamos que os nossos alunos são incapazes de aprender determinado conteúdo e nem damos o direito de tentar, agimos como “senhores do aprender”, analisando o que eles vão conseguir aprender. Obviamente fazemos isso buscando sempre o melhor para os nossos alunos. Que muitas vezes, temos que dar conta da alfabetização, pois chegam à sala de aula sem estar alfabetizados. Além de todas as matérias, temos que alfabetizá-los.
            Acredito na importância da curiosidade. Se a turma tem curiosidade referente à Grécia ou acontecimentos passados, a professora junto com seus alunos podem construir um projeto de aprendizagem. Pois muitas vezes, os alunos não tem maturidade e nem entendimento para entenderem. Por exemplo, ele não tem noção de quanto tempo tem um ano, os meses do ano. Que avó, é mãe da mãe ou do pai deles, que mãe não é nome. Acredito na etapa de aprendizagem. Ir do menor para o maior às vezes eles confundem cidade, com estado e ano. Se isso tudo não é esclarecido, mais difícil é a aprendizagem. Estávamos falando sobre o dinossauro um aluno de terceiro ano disse é da “época da minha vó”. Algo muito complexo, mais de dois anos é muito tempo, pessoas com 30 anos são muito velhas. Penso que a aprendizagem é gradativa. 

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