Ao decorrer na minha jornada, como professora
até os dias de hoje, sempre procurei ter um olhar para cada aluno de maneira
diferenciada. Partindo do pressuposto que eles não são iguais, que a
aprendizagem se dá no tempo de cada um e assim fazer o possível, para resgatá-los.
No
entanto, quando eles vão para série seguinte, o próximo professor nem sempre
tem o mesmo olhar que eu, e vão os rotulando e tendo aquele pensamento de quem
sabe, sabe e aquele que “não sabe”, vai ficando para traz e acabam sendo
excluídos.
A
meu ver quando o aluno não sabe, cabe nós, os professores ensina-los, tentando
resgatá-los;
Dependendo da
dificuldade, no próximo ano, o aluno terá outras dificuldades, apesar de ter
superado muitas outras, pois ele tem um ritmo diferente dos outros. Em alguns
casos, há também, alunos que vão para próximo ano e superam todas as
dificuldades. Mas o que acontece na
grande maioria das vezes, os alunos regridem. Mas o que professor não percebe e
não enxerga, como era este aluno antes.
Ex: O aluno não sabia
ler e era Pré-silábico. Foi para o próximo ano silábico alfabético (escrevendo
algumas palavras erradas, pois tem dificuldades na fala) e lê de forma pausada.
Os
professores dos anos seguintes, em vez de procurar solução e ajudar este aluno,
vão querer saber quem é o responsável, daquele aluno chegar até ali com as
dificuldades. Esse episódio, não acontece apenas na minha escola, mas em muitas
outras. Falamos tanto em adversidades e inclusão, o que me parece que falamos
para não esquecermos. Talvez um dia pratiquemos!
Por
outro lado esse professor, também tem os pais pressionando-o, querendo conteúdos,
muito provavelmente; Em outro ano acontecerá novamente, em outra serie com outro
professor, um “ciclo vicioso”, pois em vez de procuramos soluções, procuramos um
culpado.
Há também pais, que tem
grandes dificuldades, em aceitar que seus filhos, tenha algum tipo de
dificuldades, acabam por acreditar que é preguiça.
Quando são convidados
para a sala de recursos, sempre tem uma justificativa, que o mesmo não consigam
frequentar a sala de recurso.
Então, esse ano
cheguei à conclusão que os alunos não são nossos e sim da escola, cada um tem
que fazer a sua parte. Eu faço a minha, faço o possível para resgatá-los. E
quantos aos pais, que não aceitam, o que a escola pode fazer, pelos alunos?! Infelizmente
não se pode fazer nada.