segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Diversidade em comunidade escolar


Era uma vez uma aluna oriunda de comunidade carente que hoje em dia esta no terceiro ano. Nos dias atuais ela ainda carrega sequelas do ano anterior, de quando estava no segundo ano. Ela sofria de baixa autoestima, pois sofria bullying diariamente por sua cor e sua dificuldade de aprendizagem. Ela por muito tempo não se sentia parte da turma, pois ela era alvo de brincadeiras preconceituosas e maldosas. A professora também tratava a mesma com preconceito, mas de uma maneira “discreta”. Por mais que a professora tentava não transparecer o seu preconceito, a turma inteira sentia como ela era tratada e então a deixavam de lado. Logo, a menina começou a não querer ir mais para aula e começou a faltar. Porém, como era muito esforçada e apesar de sua dificuldade, ela aprendeu a ler palavras e frases simples, mas tinha muita dificuldade na escrita.
Iniciou-se o ano letivo e essa menina já começou faltando toda a primeira semana de aula. Na semana seguinte ela não queria entrar de jeito nenhum na sala aula, quando entrava era apresentando descontentamento ou choro. A mãe não entendia, pois talvez ela não percebesse o que a sua filha passava na escola.
Quando a aluna notou que a professora não era a mesma, fez uma cara de alívio. Com o decorrer do semestre, a professora atual observou que a menina era arredia e nada participativa. Percebeu que os colegas faziam brincadeiras preconceituosas e comentários maldosos. Sendo assim, começou a coibir esse tipo de atitude, desta forma a professora começou a incluir essa aluna na turma através de um trabalho diário, até que a turma aceitou a colega. A professora sondou a direção de uma forma discreta, porém o corpo diretivo parecia não perceber o que estava havendo. Ainda hoje as nossas crianças não são ouvidas, imagino o quanto essa pobre menina sofreu. Após as mudanças, sua professora atual notou que seu rendimento melhorou.
Para inseri-la no ambiente escolar, bastou respeita-la como pessoas e entender as suas dificuldades e explorando as qualidades, sempre os desafiando. Tratando com carinho, fazendo se sentir bem vindo. Um olhar, um planejamento diferenciado.
A partir dos artigos e vídeo que li, cheguei a seguinte conclusão que o ambiente escolar deve ser libertador, um local que ocorra a humanização.
 A inclusão e a diversidade sejam legitimas, é necessário que todos  sejam incluídos sem distinção e que essa inclusão não seja cega. O que notei na questão de educação, é necessário muito trabalho. Pois se ainda é preciso falar de inclusão e diversidade, muito ainda se tem para trabalhar. Se precisa 
falar e repetir parece que é alguma coisa para internalizar. Mantoan (2003) sublinha a importância da inclusão na escola:

“ A escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso ao conhecimento. É o lugar que vai proporcionar-lhes condições de se desenvolverem e de se tornarem cidadãos, alguém com uma identidade sociocultural que lhes conferirá oportunidades de ser e de viver dignamente” (p.53).

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