Era uma vez uma aluna oriunda
de comunidade carente que hoje em dia esta no terceiro ano. Nos dias atuais ela
ainda carrega sequelas do ano anterior, de quando estava no segundo ano. Ela sofria
de baixa autoestima, pois sofria bullying diariamente por sua cor e sua dificuldade
de aprendizagem. Ela por muito tempo não se sentia parte da turma, pois ela era
alvo de brincadeiras preconceituosas e maldosas. A professora também tratava a
mesma com preconceito, mas de uma maneira “discreta”. Por mais que a professora
tentava não transparecer o seu preconceito, a turma inteira sentia como ela era
tratada e então a deixavam de lado. Logo, a menina começou a não querer ir mais
para aula e começou a faltar. Porém, como era muito esforçada e apesar de sua
dificuldade, ela aprendeu a ler palavras e frases simples, mas tinha muita
dificuldade na escrita.
Iniciou-se o ano letivo e
essa menina já começou faltando toda a primeira semana de aula. Na semana seguinte
ela não queria entrar de jeito nenhum na sala aula, quando entrava era
apresentando descontentamento ou choro. A mãe não entendia, pois talvez ela não
percebesse o que a sua filha passava na escola.
Quando a aluna notou que a
professora não era a mesma, fez uma cara de alívio. Com o decorrer do semestre,
a professora atual observou que a menina era arredia e nada participativa. Percebeu
que os colegas faziam brincadeiras preconceituosas e comentários maldosos. Sendo
assim, começou a coibir esse tipo de atitude, desta forma a professora começou
a incluir essa aluna na turma através de um trabalho diário, até que a turma
aceitou a colega. A professora sondou a direção de uma forma discreta, porém o
corpo diretivo parecia não perceber o que estava havendo. Ainda hoje as nossas
crianças não são ouvidas, imagino o quanto essa pobre menina sofreu. Após as
mudanças, sua professora atual notou que seu rendimento melhorou.
Para inseri-la
no ambiente escolar, bastou respeita-la como pessoas e entender as suas
dificuldades e explorando as qualidades, sempre os desafiando. Tratando com
carinho, fazendo se sentir bem vindo. Um olhar, um planejamento diferenciado.
A partir dos artigos e vídeo
que li, cheguei a seguinte conclusão que o ambiente escolar deve ser
libertador, um local que ocorra a humanização.
A inclusão e a diversidade sejam legitimas, é
necessário que todos sejam incluídos sem
distinção e que essa inclusão não seja cega. O que notei na questão de educação,
é necessário muito trabalho. Pois se ainda é preciso falar de inclusão e
diversidade, muito ainda se tem para trabalhar. Se precisa
falar e repetir parece que é
alguma coisa para internalizar. Mantoan (2003) sublinha a importância da
inclusão na escola:
“
A escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso ao conhecimento. É o
lugar que vai proporcionar-lhes condições de se desenvolverem e de se tornarem
cidadãos, alguém com uma identidade sociocultural que lhes conferirá
oportunidades de ser e de viver dignamente” (p.53).
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