domingo, 24 de maio de 2015

Renovação da escola em prol a inclusão

A escola durante anos teve como um de seus papeis fundamentais selecionar os considerados melhores, aqueles que  poderiam dar continuidade aos seus estudos e ter um diploma e aqueles que deveriam buscar trabalho desde cedo, pois “este não dariam para o estudo”. Atualmente a educação é obrigatoriamente para todos, não somente para grupos seletos. O que faltou para Escola na minha percepção foi ela ter condições de avançar junto com o seu tempo, com professores valorizados, sempre se reciclando e com condições de trabalho para atender as necessidades dessa nova clientela. Nesse novo contexto é fundamental o professor  aprender a conhecer e respeitar o ritmo de cada um, principalmente daqueles alunos oriundos de família pobre que não tem costumes de leitura, que  não tem dinheiro para o básico e não tem acesso ao jornal e outros materiais escritos. Se  o aluno, mesmo após as escola ter tentando preencher as lagunas de seu desenvolvimento cognitivo, muitas vezes só conseguir  escrever bilhetes ,assinar  o nome ou ler silabando, o professor deverá avaliar aquilo que ele conseguiu aprender. O que seriam de outras profissões se  todos fossem médicos.
Mesmo que o três primeiro anos de letramento seja obrigatório a promoção, esse aluno acaba tendo prejuízo, pois muitas vezes não  são todos os professores tem um olhar diferenciado e  a tendência é sempre o professor da próxima serie achar que não foi feito o suficiente pelo anterior

      A ideia de inclusão é importante e válida, porém deveria ter sido melhor estruturada, pois a distância entre a teoria e a prática pode trazer muitos prejuízos, principalmente aos alunos. Professores não são contra a inclusão, mas contra o modo como foi feito. Sem a preparação necessária para lidar com diferentes tipos de inclusão, sem apoio em sala de aula, pois não existem equipes especializadas ou cuidadores (monitores), previstos somente na lei. Quando a legislação garante acesso a todos, a permanência começa a ser fragilizada, pois novos mecanismos de seleção são criados, os índices de aprovação/reprovação servem como indicadores para verificar quem são os excluídos da vez. Acaba sendo um novo cenário de exclusão. 

Um comentário:

  1. Olá Rossana!
    Infelizmente, nem tudo o rege no papel, na legislação é aplicável e cabe a nós a adaptação necessária.
    Abr@ço!

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