No inicio do ano letivo
percebi que a reprovação é um mal necessário, desde que seja algo bem pensado e
não sirva como punição.
No ano passado tinha dois
alunos do terceiro ano que já haviam reprovado por três anos na mesma série. Os
alunos no final do ano estavam bem integrados com a turma e tiveram evolução na
aprendizagem e passaram para o quarto ano. Apesar das dificuldades na
aprendizagem estavam lendo e escrevendo. Porém, houve dois casos que achei
necessário reter, pois os alunos estavam recém aprendendo o nome e não
conheciam as letras do alfabeto. Acredito que quando reprovamos um aluno devemos
pensar em algo para tirá-lo da acomodação para que assim o aluno faça o
exercício de equilibração para que haja acomodação novamente, para que ocorra a
aprendizagem (pois o processo de aprendizagem ocorre na desacomodação, para que
haja equilibração);
Fazendo uma
autorreflexão cheguei à seguinte conclusão, reprovar o aluno sem mudar a
metodologia de ensino o aluno continuará sem aprender. Nós professores teremos
que ter uma metodologia diferente para que o aluno aprenda.
Penso
que a reprovação é um bem necessário, como aprovar um aluno que não está
alfabetizado, neste caso acima os alunos ficaram “patinando” no quarto ano. Como
a professora não os cobrava por achar que não sabiam, eles regrediram.
Uma
professora aprovou uma aluna por recomendação da orientação, mas aluna não
estava se esforçando. Ao passar para o quarto ano ela era SA (Silábica Alfabética).
Como a professora não cobrava, ela colocava qualquer letra estava sendo
classificada pré-silábico.
Com um
menino aconteceu o mesmo, entretanto ele começou a incomodar, pois não
acompanhava a turma. Ele assinou algumas suspensões, repetiu duas vezes o
quarto ano.
Acredito que a escola não está
pronta para inclusão e quando os professores não seguem a mesma linha, os
alunos saem prejudicados. Creio que se o aluno não está alfabetizado e não
consegue realizar os cálculos, é importante a reprovação para que os alunos
sanem as dúvidas, pois no quarto ano os conteúdos aumentam, os alunos irão se
frustrar e evadir, a cada 10 alunos que entram no ensino fundamental, 5 se
forma no ensino médio. Se essas estatísticas fossem de um hospital, metade dos
pacientes estariam mortos, seria considerado um colapso na saúde.
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