quarta-feira, 8 de abril de 2015

Bloco de alfabetização


  Vou falar sobre um assunto bastante polêmico, mas que sempre que eu ouço me faz refletir, que é a “PROGRESSÃO CONTINUADA”.  Esse tema continua fazendo parte das discussões nas salas dos professores e reuniões do PAINIC.
           Primeiramente vamos saber os principais aspectos que estão relacionados progressão continuada, que é a organização curricular e de todo ensino fundamental, que antigamente era organizado em série e agora está sendo organizado em ciclos de três anos.

            Esta proposta do MEC é excelente, um olhar diferenciado para cada aluno respeitando o seu ritmo considerando que cada aluno seja único evitando que o aluno seja “expulso da escola”, dando direito à educação á todos. Mas para isso falta uma estrutura.
“Em outros países como a Inglaterra funcionou o ensino fundamental de 9 anos sem retenção, na França são 9 anos  com 3 ciclos”.

Entretanto o modo que as coisas foram implantadas aqui no Brasil não é tão maravilhoso como no papel.  A meu ver o aluno só será alfabetizado no final do terceiro ano se houver uma mudança em todo o sistema de ensino, ou então não passa de uma aprovação automática, entendo que isso só está adiando o problema, ou seja, retenção em massa no final de três anos.
            Está cada vez mais difícil ser professor e encarar as salas de aulas superlotadas, inclusões diversas, crianças com dificuldades e com níveis bem diferentes. No primeiro ano ainda é respeitado o limite dos alunos, mas no segundo e terceiro ano aonde a cada etapa as dificuldades e diferenças de níveis vão aumentando, esse limite não é respeitado. A ausência da família nessa caminhada também torna o processo difícil nas periferias.
         As escolas estão virando “depósitos de crianças“, onde a família deixa a criança e espera que a escola assuma tudo o que ela, pelos mais diversos motivos não consegue fazer.
       Cabe nós professores fazer o nosso melhor, lembrando sempre que a escola é para todos e valorizar todos os trabalhos e saber que todos têm potencial e ter um olhar diferenciado para cada aluno e saber que cada aluno é único e com seu ritmo. Fazendo o nosso melhor estaremos fazendo a diferença. Quem disse que não podemos mudar o mundo com giz e apagador?
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”

Um comentário:

  1. Olá Rossana!
    É, tudo no papel é aplicável e maravilhoso. Cabe a nós a adaptação a cada mudança na legislação, mais uma razão pela qual devemos sempre estar atualizados e estudando.
    Abr@ço!

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