VERBETE
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DEFINIÇÃO
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EJA(Educação Jovens e adultos)
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Em toda a história do Brasil, a partir
da colonização portuguesa, podemos constatar a emergência de políticas de
educação de jovens e adultos, focadas e restritas principalmente aos
processos de alfabetização, sendo muito recente a conquista, reconhecimento e
definição desta modalidade enquanto política pública de acesso e continuidade
à escolarização básica.
Os primeiros vestígios da educação de adultos no Brasil são
perceptíveis durante o processo de colonização, após a chegada dos padres
jesuítas, em 1549. Estes se voltaram para a catequização e “instrução” de
adultos e adolescentes, tanto de nativos quanto de colonizadores,
diferenciando apenas os objetivos para cada grupo social. Após a expulsão dos
jesuítas pelo Marquês de Pombal, ocorreu uma desorganização do ensino.
Somente no Império o ensino voltou a ser ordenado (ARANHA, 2006).
Durante quase
quatro séculos, observa-se o domínio da cultura branca, cristã, masculina e
alfabetizada sobre a cultura dos índios, negros, mulheres e analfabetos.
Historicamente, constata-se o desenrolar de uma educação seletiva,
discriminatória e excludente. Esta realidade pode ser comprovada pelos dados
do Censo Nacional de 1890, constatando a existência de 85,21% de
"iletrados" na população total brasileira (PAIVA, 1983). Uma
educação para a compreensão mútua, contra a exclusão por motivos de etnia,
sexo, cultura ou outras formas de discriminação e, para isso, o educador deve
conhecer bem o próprio meio do educando, pois somente conhecendo a realidade
desses aprendizes é que haverá uma educação de qualidade e a real prática da
cidadania.
No final do século XIX e início do
século XX, num contexto de emergente desenvolvimento urbano industrial e sob
forte influência da cultura europeia, são aprovados projetos de leis que
enfatizam a obrigatoriedade da educação de adultos, objetivando aumentar o contingente
eleitoral, principalmente no primeiro período republicano e,
consequentemente, atender aos interesses das elites. A escolarização passa a
se tornar critério de ascensão social, referendada pela Lei Saraiva de 1882,
incorporada posteriormente à Constituição Federal de 1891, em que se
inviabilizará o voto ao analfabeto, alistando somente os eleitores e
candidatos que dominassem as técnicas de leitura e escrita.
Em 1925, através da Reforma João
Alves, estabeleceu-se o ensino noturno para jovens e adultos atendendo os
interesses da classe dominante que, por volta de 1930, iniciava um movimento Em toda a história do Brasil, a partir da colonização
portuguesa, podemos constatar a emergência de políticas de educação de jovens
e adultos, focadas e restritas principalmente aos processos de alfabetização,
sendo muito recente a conquista, reconhecimento e definição desta modalidade
enquanto política pública de acesso e continuidade à escolarização básica.
Durante quase
quatro séculos, observa-se o domínio da cultura branca, cristã, masculina e
alfabetizada sobre a cultura dos índios, negros, mulheres e analfabetos.
Historicamente, constata-se o desenrolar de uma educação seletiva,
discriminatória e excludente.
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domingo, 6 de dezembro de 2015
Verbete
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Olá Rossana!
ResponderExcluirLutar contra todas os tipos de exclusões e a favor de todos... esse é o dever diário da educação e do pedagogo!
Abr@ço!