segunda-feira, 25 de março de 2019

Classe de professores (07/05/2018)


Sempre escrevi a minha indignação sobre os professores serem desunidos e massacrados por eles mesmos. Sempre achando que o seu trabalho era melhor que o da professora anterior. Mas percebi que na verdade, os professores fazem isso para se preservar, afim que o próximo colega não questionasse a sua competência.
      Ao falar que o aluno não sabe ou que não sabe como chegou daquele jeito, na verdade um pedido de socorro. Se a professora do ano anterior não conseguiu o porquê eu conseguirei? Ao falar isso está se protegendo.
    Embora eu sempre questione se o aluno não sabe, nós somos os professores e temos obrigação de ajudá-los e ensiná-los. Acho que é um dever de nós professores.


Penso quando um professor fala mal de um colega, é para disfarçar a sua incompetência. Se o aluno não sabe ou não aprendeu, o professor do próximo ano tem a obrigação de ensinar, afinal somos todos os professores.
Acredito que todos os professores fazem o seu melhor em sala de aula, entretanto com a alfabetização continuada, o aluno chega ao terceiro ano sem estar alfabetizado. A professora tenta conciliar a alfabetização e os conteúdos. Como os alunos aprendem de formas diferentes, um tem mais facilidade que outro, se tem resquício de dificuldade, a professora tem que ajudar, pois quando o aluno vai passando, e passando às vezes uma dificuldade, pode se tornar uma deficiência adquirida.
A importância de se trabalhar paralelamente o professor atual com o próximo ano para dar a continuidade no conteúdo.


segunda-feira, 18 de março de 2019

Aprovação e reprovação (05/03/2018)

No inicio do ano letivo percebi que a reprovação é um mal necessário, desde que seja algo bem pensado e não sirva como punição.
No ano passado tinha dois alunos do terceiro ano que já haviam reprovado por três anos na mesma série. Os alunos no final do ano estavam bem integrados com a turma e tiveram evolução na aprendizagem e passaram para o quarto ano. Apesar das dificuldades na aprendizagem estavam lendo e escrevendo. Porém, houve dois casos que achei necessário reter, pois os alunos estavam recém aprendendo o nome e não conheciam as letras do alfabeto. Acredito que quando reprovamos um aluno devemos pensar em algo para tirá-lo da acomodação para que assim o aluno faça o exercício de equilibração para que haja acomodação novamente, para que ocorra a aprendizagem (pois o processo de aprendizagem ocorre na desacomodação, para que haja equilibração);
 Fazendo uma autorreflexão cheguei à seguinte conclusão, reprovar o aluno sem mudar a metodologia de ensino o aluno continuará sem aprender. Nós professores teremos que ter uma metodologia diferente para que o aluno aprenda.



            Penso que a reprovação é um bem necessário, como aprovar um aluno que não está alfabetizado, neste caso acima os alunos ficaram “patinando” no quarto ano. Como a professora não os cobrava por achar que não sabiam, eles regrediram.
            Uma professora aprovou uma aluna por recomendação da orientação, mas aluna não estava se esforçando. Ao passar para o quarto ano ela era SA (Silábica Alfabética). Como a professora não cobrava, ela colocava qualquer letra estava sendo classificada pré-silábico.
            Com um menino aconteceu o mesmo, entretanto ele começou a incomodar, pois não acompanhava a turma. Ele assinou algumas suspensões, repetiu duas vezes o quarto ano.
            Acredito que a escola não está pronta para inclusão e quando os professores não seguem a mesma linha, os alunos saem prejudicados. Creio que se o aluno não está alfabetizado e não consegue realizar os cálculos, é importante a reprovação para que os alunos sanem as dúvidas, pois no quarto ano os conteúdos aumentam, os alunos irão se frustrar e evadir, a cada 10 alunos que entram no ensino fundamental, 5 se forma no ensino médio. Se essas estatísticas fossem de um hospital, metade dos pacientes estariam mortos, seria considerado um colapso na saúde.